Crítica

Depois de quinze anos de história em mangás e animações, o ninja de roupas laranja ganha uma última aventura no longa The Last Naruto: O Filme. O problema de trazer tanta bagagem narrativa é que se corre o risco de criar uma produção que só pode ser aproveitada por iniciados. Nesse caso, o problema é solucionado apenas parcialmente.

No enredo, a ameaça da vez a aproximação da Lua, que deve causar uma chuva de meteoros na Terra e dizimar a humanidade. Há também um novo vilão que surge no caminho do protagonista e seus amigos. Isso rende as cenas de luta que os fãs do gênero tanto apreciam.

No campo sentimental, Naruto e Hinata vivem uma história de amor, que se iniciou quando os dois ainda eram crianças. É nessa faceta dramática que reside a esperança que novatos possam curtir o filme. O envolvimento entre os personagens é mostrado do começo ao fim, mas todo o resto da trama é muito confuso para quem não conhece o universo dos ninjas.

O funcionamento dos poderes dos personagens e o passado de batalhas são explicados muito superficialmente. Por outro lado, a premissa é bem maniqueísta, o que facilita a compreensão da ideia geral dos conflitos.

Para os fãs, The Last Naruto é uma forma de matar saudades do universo narrativo e personagens. Para desavisados que podem acompanhar esses fãs, é uma sucessão de cenas explosivas permeadas por uma história de amor simplória, com elementos de contos de fada e comédia romântica.

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é formado em Audiovisual pela ECA/USP. Escreve para os sites BRCine e SaraivaConteúdo, além de colaborar para a revista Preview. Participa do programa Quadro a Quadro na TV Geração Z e de videoposts do canal Tateia. Tem experiência em sites (UOL Cinema, Cineclick e GQ), revistas (SET, Movie e Rolling Stone) e televisão (programas Revista da Cidade e Manhã Gazeta).
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