Tão Forte e Tão Perto
Crítica
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Sinopse
Adaptado do aclamado best-seller de Jonathan Safran Foer, Tão Forte e Tão Perto é uma história que se desenrola de dentro da mente do jovem Oskar Schell, um criativo menino de 11 anos de idade, de Nova York, cuja descoberta de uma chave nos pertences de seu falecido pai faz com que ele entre numa busca urgente por toda a cidade para achar qual fechadura ela abre. Um ano depois de seu pai ter morrido na tragédia do World Trade Center, apelidado por Oskar de "O Pior Dia", ele está determinado a manter a sua ligação vital com o homem que o encorajava de forma divertida a encarar os seus piores medos. Agora, à medida que Oskar atravessa os cinco distritos de Nova York em busca da fechadura perdida - encontrando uma variedade de pessoas que, da sua própria maneira, são sobreviventes -, ele começa a descobrir ligações invisíveis com o pai, de quem ele tanto sente falta, com a mãe, que parece tão longe dele, e com o mundo à sua volta, tão barulhento, perigoso e desorientador.
Crítica
Assistir a Tão Forte e Tão Perto é comprovar que o grande Max von Sydow carrega o filme nas costas. E só. A adaptação do romance Extremamente Alto e Incrivelmente Perto (título original do filme, por sinal) de Jonathan Safran Foer, é a primeira derrapada na carreira do diretor Stephen Daldry, responsável por obras como Billy Elliot e As Horas, além do ótimo O Leitor. Realmente, a crítica não exagerou ao esculhambar com a indicação deste longa ao Oscar de Melhor Filme neste ano. Está há anos-luz de qualquer coisa.
O pior é que a história prometia – e muito. Um garoto perde o pai durante a tragédia do 11 de setembro e descobre uma chave com o nome Black escondida em um vaso dentro de casa. Como o pai (Tom Hanks, em boa e rápida aparição) sempre incentivava o filho a fazer pesquisas e descobertas, logo o jovem resolve ir atrás do enigma do objeto. No caminho ele se depara com uma mulher que está se divorciando (Viola Davis) e recebe a ajuda do vizinho mudo da sua avó, o excepcional von Sydow, merecidamente indicado ao Oscar de Ator Coadjuvante. Porém, ele é a única personagem do filme que realmente se destaca. O resto é o resto.
Há pontos extremamente mal explorados, desde a relação com a mãe (Sandra Bullock, ótima, mostrando que não ganhou um Oscar à toa há dois anos, mas em pouco tempo de tela), o próprio caos da queda das Torres Gêmeas, assim como a busca do garoto, vivido pelo estreante e chato Thomas Horn. Talvez a péssima interpretação dele seja fruto da sua falta experiência. Porém, se foi esse o caso, porque não pegar alguém que já tivesse um pouco mais de currículo, como Asa Butterfield, protagonista de A Invenção de Hugo Cabret, que dá alma ao belo filme de Scorsese? Sinceramente, Horn lembra muito Jake Lloyd, o guri irritante que interpretou o jovem Anakyn Skywalker em Star Wars – Episódio I: A Ameaça Fantasma. A diferença no longa de Daldry é que o garoto aparece em quase 100% do longa e é através dele que a narrativa flui. Ou empaca, no caso.
A direção de Daldry também não sabe bem para que lado vai. Uma hora parece acertar o ritmo (evidenciado pela trilha que lembra – e muito – As Horas), em outras parece descambar para a total falta de tato e querer nos comover à força. No frigir dos ovos, a impressão que se tem é que o cineasta queria confirmar sua predileção perante os votantes do Oscar e fazer um filme que fosse a cara da premiação. Por um lado, conseguiu, já que esse é seu quarto filme e mais uma vez está em busca do ouro. Pena que a Academia tenha comprado a ideia.
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Este filme não podem deixar de ver, muito bom. Se passa no 11 de setembro, e tem uma trama bem legal, o que sai atras dos Blacks de New york, para descobrir o que aquela chave abre.