Tudo Vai Ficar Bem
Crítica
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Sinopse
Em uma noite de inverno, após uma banal briga em casa com sua namorada, o escritor Tomas decide pegar seu carro e dirigir sem rumo. Com a visibilidade baixa na estrada, ele acidentalmente atinge um trenó que vem deslizando pela montanha com os freios quebrados. O menino no trenó morre. O acontecimento causa um colapso na vida de Tomas: seu relacionamento termina, e ele passa a procurar refúgio em seu trabalho. Durante 12 anos ele busca superar o sentimento de culpa e encontrar um novo sentido para si próprio. O mesmo acontece Chistopher e Kate, irmão e mãe do menino morto.
Crítica
A promessa de Every Thing Will Be Fine, título otimista para o último trabalho de Wim Wenders, era o de um filme em 3D que, ao contrário do visto nos últimos anos, não se perderia no uso da tecnologia e a colocasse a favor da história. Para isso, o diretor alemão escolheu o roteiro do escritor norueguês Bjorn Olaf Johannessen e montou um elenco com James Franco, Charlotte Gainsbourg e Rachel McAdams.
O que se passou entre o roteiro e o final das filmagens é uma incógnita. Every Thing Will Be Fine conta a história do Tomas (Franco), escritor que acaba causando a morte do filho de Kate (Gainsbourg). O caso o perturbará pelos próximos 12 anos, tempo em que o acontecimento será um marco para a ambas as vidas. Como exige a profissão, o evento será peça determinante do seu processo criativo.
Tendo Pina (2011) como um dos seus últimos trabalhos, um longa em 3D sem precedentes e extremamente elogiado, é difícil compreender o que fez Wenders enveredar para a linha dramática encontrada aqui, pobre e excessiva, presa simplesmente ao gatilho emocional da tragédia. A sequência inicial, do personagem de Franco na neve levando pela mão um menino em choque, parecia antecipar um filme de grandes momentos. O que sucedeu foi um mar de expectativa e uma cena isolada no frio canadense.
Tomas é um personagem ensimesmado. Preocupado com a sua ficção, tem dificuldade para fazer de qualquer relacionamento uma acontecimento entre duas pessoas. Quem sofre com isso são as mulheres que passam por sua vida, como Sara (McAdams) e Ann (Marie-Josée Croze). O isolamento é superficialmente resguardado pelo motivo intelectual – tornar-se um escritor reconhecido – mas, no fundo, é a culpa que lhe consome.
Transcorrido o tempo do luto, Kate aceitará o que se passou. Somente não compreenderá o que faz Tomas retornar esporadicamente para vê-la. Tampouco saberão os espectadores que, exceto a curiosidade literária, nada parece fazer com que Tomas realmente se interesse pelo resultado das suas ações. Franco faz o possível, mas o papel de Tomas, de um homem que realizou o próprio julgamento e se declarou culpado, é duro
Para além da história superficial, fica a sensação de que o 3D do filme é desnecessário. Ainda que Wenders saiba como usar a tecnologia, evitando, por exemplo, os movimentos bruscos que não resultam bem, e preferindo trabalhar com a profundidade dos objetos – e a cena inicial é um bom exemplo disso – a tecnologia não faz diferença, e talvez o filme, que surgiu pensado em pesar a favor do 3D na produção atual, tenha conseguido o resultado contrário.
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Achei que ele fosse se apaixonar pela mãe do menino,assim todos ficariam bem,o mais estranho é não ter aparecido o menino que morreu no filme,só se estivesse coberto de neve...o menino se apegou no Franco,poderiam ter ficado bem,mas ...sei lá,não gostei muito, não!