Nascida no dia 17 de dezembro de 1975 na Ucrânia, quando ainda pertencia à União Soviética, Milica Natasha – ou apenas MillaJovovich é uma das maiores estrelas do cinema de ficção e aventura atualmente em Hollywood. Já foi casada com o ator Shawn Andrews (Jovens, Loucos e Rebeldes, 1993) e com o diretor Luc Besson (Além da Liberdade, 2011), e hoje divide sua vida com o cineasta Paul W.S. Anderson. Da união dos dois nasceu a série Resident Evil, baseada nos populares videogames e que agora chega aos cinemas em seu quinto episódio. E foi sobre essa nova parceria, as dificuldades da produção e sobre o carinho especial que possui pelas histórias de ação que a atriz conversou nessa entrevista publicada com exclusividade no Brasil pelo Papo de Cinema! Confira!

 

Quem é Alice e o que a protagonista da série Resident Evil representa para você?

Alice é tudo que eu idealizava e sonhava ser quando criança. Cresci com coisas como She-Ra: A Princesa Guerreira. E por ser apenas uma criança, meu pai e eu fazíamos coisas como assistir à lutas de boxe e kung-fu nos finais de semana. Então sempre me fascinou a ideia de ser uma guerreira ninja ou um super-herói.

A Alice que vemos em Resident Evil 5: Retribuição é muito diferente daquela mostrada 10 anos atrás, em Resident Evil: O Hóspede Maldito?

Alice é um personagem que evolui a cada filme, e ninguém a conhece ou a protege melhor do que eu. Sem revelar muito, para mim Alice definitivamente se resignou com este novo mundo, embora no passado – especialmente enquanto era controlada pela Umbrella Corporation – ela era mais isolada. Então, agora ela está mais normal de uma forma super-heróica e com um espírito de equipe muito maior agora. De certa forma, adquiriu um pouco de senso de humor sobre a situação também. Acho que se tudo o que você faz na vida é sair por aí matando zumbis ou ser perseguida por soldados da Umbrella, você deve enfrentar isso dando umas piscadinhas e sorrindo de vez em quando…

 

Como você percebe a evolução da série durante estes 10 anos e 5 filmes?

Fazer esta série durante a última década tem sido uma aventura. Agora é até difícil imaginar esta franquia terminando porque para mim é sempre duro deixar o universo de Resident Evil, que é como um lugar divertido, louco e mágico. É tão excitante e sempre faço algumas cenas de ação loucas. E, naquele momento, você realmente acredita no que está acontecendo. É muito divertido, e as pessoas acreditam no amor que colocamos em esses filmes.

Qual a principal novidade deste quinto episódio?

O que mais tem chamado atenção é que dessa vez temos uma garotinha no filme, e isto é interessante porque apesar dela ser surda, o modo como falou nas audições me fez começar a chorar. Como mãe, assistir à algo como aquilo é tão bonito porque você pode dizer a todos que ela tentou tão arduamente ter certeza que aprenderia como se comunicar; mas, ao mesmo tempo, ainda que haja algo estranho na forma como se comunica, é tão charmoso e de partir o coração e como mãe só faz com que você queira protegê-la. Acho que ela pode ofuscar muitos atores mirins de Hollywood, e o dia-a-dia no set foi muito divertido. Nosso relacionamento provavelmente não seria o mesmo se eu não fosse também mãe na vida real. E também é maravilhoso para a Alice porque mostra um lado diferente dela, em que está pronta para a responsabilidade de tomar conta desta criança e de ser parte de algo maior que ela mesma. É muito bom para o seu personagem e adiciona mais densidade ao filme. E usamos a linguagem de sinais com diálogos, que dá um novo impacto às falas.

 

E como é trabalhar com o marido no mesmo set?

Paul é incrível! Existem muitos diretores que poderiam aprender com ele sobre como colocar o dinheiro onde deveria estar, que é na tela. Ele é muito organizado e adepto do pensamento lógico e está sempre três passos à frente de todo mundo. Paul é capaz de fazer com que uma tomada de 40 mil dólares pareça uma de 40 milhões usando apenas alguns truques de câmera. E ele nem mesmo frequentou uma faculdade de cinema! Mas é um ávido frequentador de cinemas, e tão interessado no processo de produção de filmes que literalmente aprendeu sozinho como fazer com que estes truques que custam pouco possam manter a qualidade da produção elevada. Paul sabe o que quer e como conseguir. E também, Resident Evil é como se fosse a nossa casa. Nos conhecemos, nos apaixonamos e temos um filho graças à esta franquia!

(Entrevista editada e adaptada com exclusividade no Brasil)

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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