Julio Andrade – ou apenas Julinho, como é chamado carinhosamente pelos amigos e colegas – nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e por muito tempo trabalhou no teatro, no cinema e na televisão gaúcha. Até ser convidado para o papel de protagonista do drama Cão sem Dono (2007), filmado no seu estado natal, mas com direção dos paulistas Beto Brant e Renato Ciasca. O ótimo resultado deste filme lhe abriu as portas para uma atuação nacional. Além de ser chamado para produções na Rede Globo, começou a receber convites de cineastas como Suzana Amaral, Helvécio Ratton, Breno Silveira, Heitor Dhalia e Vicente Ferraz, entre outros. Neste meio tempo, aceitou o desafio de viver na tela grande o escritor brasileiro de maior sucesso em todo o mundo: Paulo Coelho, que interpretou na cinebiografia Não Pare na Pista (2014), lançada no ano passado. Aproveitando este sucesso, o ator conversou com exclusividade com o Papo de Cinema e revelou os seus filmes favoritos para os momentos de lazer, mas também como inspiração. Confira!

 

Qual o seu filme favorito?
Ah, com certeza eu diria Os Amantes do Círculo Polar (1998), do Julio Medem. Gosto muito do cinema lúdico, e admiro muito essa pegada latina do filme. Inclusive, fiz uma cena com o Nancho Novo, que é um dos atores. Nós trabalhamos juntos em Não Pare na Pista, e foi muito legal. Sabe, demorei para sacar que era ele, foi muita coincidência. No dia da gravação olhava pra ele e pensava comigo “esse cara é muito familiar”, porque na época esse já era meu filme preferido. Sempre foi. Até que me dei conta, o que me emocionou muito. Nós conversamos a respeito, falei pra ele da minha admiração, foi bem bacana. É um filme que gosto muito, mesmo.

 

E cinebiografia, tens alguma que admira mais?
Ah, claro. Acho que a do Serge Gainsbourg – Gainsbourg: O Homem que Amava as Mulheres (2010) – é a melhor de todas. Ela também vai por esse lado lúdico. Acho maravilhoso. Foi, inclusive, um dos filmes que assisti para me preparar para incorporar o Paulo Coelho. Foi uma grande inspiração.

 

Tem algum filme recente que você recomenda?
Alabama Monroe (2013). É muito bom. Tem uma história maravilhosa. Não sei exatamente porque que gostei tanto, só posso dizer que embarquei por completo no filme, achei fantástico. Foi até indicado ao Oscar como Filme Estrangeiro, se não me engano. Nem sabia, pois fui vê-lo há pouco tempo, na televisão, e fiquei encantado. Achei sensacional.

 

Se a sua vida fosse um filme, qual seria o título?
(pensa) Como seria o título? Hã… Pergunta difícil. Poderia ser… sei lá… Um Ator e seus Fantasmas? Pode ser, tá bom. (risos)

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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