Tônia Carrero

  • Maria Antonietta Farias Portocarrero
  • 23 de agosto, 1922
  • Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • 3 de março, 2018
  • Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Brasileira
  • mãe do ator Cecil Thiré
  • Atriz

Biografia

Tônia é filha de Hermenegildo Portocarrero, militar e professor de matemática, e de Zilda de Farias. Seu pai foi diretor da extinta Rádio Nacional, emissora estatal do Rio de Janeiro, na época capital do Brasil. Na rádio, conheceu diversos artistas. E Tônia, ainda que durante um tempo mostrasse grande interesse por esportes, chegando a se graduar em educação física, foi para Paris estudar atuação, quando já era casada com o artista plástico Carlos Thiré, com quem teve um filho, o ator e diretor Cecil Thiré.

Voltou de Paris na década de 1940, quando estrelou Querida Susana (1947), sua estreia como atriz profissional. Dois anos depois iniciou sua carreira no teatro, com a peça Um Deus Dormiu Lá em Casa, a qual estrelou com Paulo Autran. Após deixar a companhia Teatro Brasileiro de Comédia, fundou com Autran e com o italiano Adolfo Celi, seu marido na época, a Companhia Celi-Autran-Carrero, que teve grande importância nas décadas 1950 e 1960 com um repertório formado por peças de autores clássicos como Shakespeare e Sartre. Em 1969 estreou na televisão, em Sangue do Meu Sangue, novela da TV Excelsior.

Na TV, um dos seus personagens mais marcantes foi Stella Fraga Simpson, em Água Viva (1980), de Gilberto Braga. Pelo papel, ela venceu o prêmio de Melhor Atriz da Associação Paulista de Críticos de Arte. Trabalhou novamente com o autor em 1983, na novela Louco Amor, dessa vez interpretando Mouriel. Em julho de 2015, um boato atribuído ao jornal carioca O Globo noticiava a suposta morte da atriz. O próprio jornal, horas depois, desmentiu afirmando que, na realidade, havia publicado uma matéria de perfil sobre a carreira e vida da atriz, e que havia uma suposta montagem, criada por internautas, circulando na rede e identificando a matéria real como morte.

Mãe de quatro filhos, tem três netos, Miguel, Luísa e Carlos Thiré, que a dirigiu em 2007 na peça Um Barco para o Sonho. Em 2014, se tornou a primeira homenageada com o Guarani Honorário, pelo conjunto de sua filmografia, no Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro.