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Uma década de muita fantasia e fortes emoções está prestes a ganhar um novo capítulo. De 2001, quando foi lançado Harry Potter e a Pedra Filosofal, até 2011, quando chegou aos cinemas o derradeiro Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2, oito longas de imenso sucesso chegaram às telas de todo o mundo contando a história do menino bruxo destinado desde o berço a ser herói, a despeito da morte dos próprios pais e da incompreensão constante dos familiares, amigos e professores. Os oito capítulos arrecadaram mais de US$ 7,7 bilhões nas bilheterias de todo o mundo (só o último chegou a US$ 1,3 bilhão!) e somaram 12 indicações ao Oscar, além de prêmios e reconhecimentos ao redor do planeta. E quando todo mundo achava que essa incrível jornada havia chegado ao fim… a escritora J. K. Rowling, autora dos livros, deu novos sinais de que havia muito ainda a ser explorado. Primeiro veio a peça de teatro Harry Potter e a Criança Amaldiçoada – atualmente em cartaz em Londres e que teve seu texto publicado. E agora é a vez de Animais Fantásticos e Onde Habitam (2016), adaptação para o cinema de um livro didático usado na escola da magia Hogwarts, onde os protagonistas estudam. São novos personagens e uma trama completamente inédita, mas o universo é o mesmo. E por isso, para aumentar ainda mais as expectativas, fomos atrás dos dez personagens mais marcantes da saga original. Confira!

 

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10. Lord Voldemort, por Conrado Heoli
Um bom herói, para ser considerado como tal, deve obrigatoriamente ter um antagonista ainda melhor. Ou pior, dependendo da perspectiva. Na saga do bruxinho esta máxima não poderia ser mais verdadeira: Lord Voldemort, eternizado no charme aterrorizante de Ralph Fiennes, não é só o maior vilão do universo de J.K. Rowling, mas um dos mais icônicos e abomináveis personagens do cinema fantástico recente. Nascido Tom Marvolo Riddle e um dos últimos descendentes de Salazar Slytherin, um dos fundadores da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, o poderoso feiticeiro especialista nas artes das trevas prega que apenas bruxos de sangue puro deveriam existir e que estes deveriam dominar tanto o mundo mágico quanto o universo dos trouxas. Seu poder e histórico malévolo são tamanhos que, apesar de ser mencionado desde o primeiro livro e filme da série, isso geralmente é feito pela alcunha de “você-sabe-quem” ou “aquele-que-não-deve-ser-nomeado”. Seja por seu caráter temível ou por seu aspecto reptiliano e desprezível, Lord Voldemort é um dos mais inesquecíveis personagens da saga Harry Potter.
Melhor Momento: o conflito final contra o jovem bruxo e seus amigos em Hogwarts.
Melhor Filme: Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2 (2011)

 

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09. Draco Malfoy, por Victor Hugo Furtado
Tão importante quanto o herói, ensina Joseph Campbell, é o antagonista, o anti-herói. Não há como conceber um sem o outro, e o mocinho será tão fascinante quanto cruel for seu inimigo. Essas credenciais se aplicam perfeitamente a Draco Malfoy, que foi decisivo no desenrolar da trama de quase todos os filmes da saga. Eterna sombra do pai, o garoto não foi só um playboy mimado que sentia inveja de todos que fossem mais populares que ele, mas também o responsável por quase todas os percalços em que Harry Potter se envolveu. A partir do sexto episódio da saga, se tornou oficialmente um comensal da morte e assim recebeu missões para comprovar sua fidelidade aos seguidores de Lord Voldemort. Este momento marcou a transformação de um simples garoto encrenqueiro em um adulto problemático.
Melhor Momento: Você não entende, eu tenho que matar o senhor ou ele vai me matar!“, disse Draco na Torre de Astronomia, minutos depois de desarmar Alvo Dumbledore.
Melhor Filme: Harry Potter e o Enigma do Príncipe (2009)

 

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08. Severo Snape, por Matheus Bonez
Desde que apareceu pela primeira vez na pele do saudoso Alan Rickman, Severo Snape foi o personagem que mais causou reações extremas nos fãs da série justamente pela sua complexidade. Arrogante e cruel por um lado, sensível e cândido na outra face da moeda. Pois o professor que mais pega no pé de Harry Potter é, na verdade, um dos grandes heróis desta saga. Por isso fica difícil escolher apenas um momento decisivo sobre sua trajetória. Por pouco não foi seu ápice como agente duplo ao matar Dumbledore, a pedido do próprio, no filme que mais explora seu personagem, O Enigma do Príncipe. Mas há uma outra sequência que fica na memória. Sua participação final é recheada por momentos reveladores, mostrando o porquê do rancor e amor que sente por Harry. Consequentemente, pela mãe do rapaz, mulher da vida de Snape e que ele tem que lidar com a dor eterna da mesma ter morrido em seus braços. Nunca antes se viu tamanha fragilidade no personagem, coisa que só um sentimento tão forte assim poderia fazer. É um momento fatídico para mostrar e explicar em poucas palavras as camadas de sua personalidade aparentemente fria e desumana. O melhor, com certeza.
Melhor Momento: quando se revelam suas memórias, contando o que realmente lhe aconteceu no passado.
Melhor Filme: Harry Potter e O Enigma do Príncipe (2009)

 

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07. Remo Lupin, por Marina Paulista
Remo Lupin (David Thewlis) surge em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban e logo se torna o melhor – talvez o único decente – professor de Defesa Contra as Artes das Trevas que a turma do terceiro ano já teve. Para Harry, ele é (mais uma!) figura paterna, um mentor, um grande amigo e a chave para que o bruxinho compreenda o passado de seu pai. Lupin é um lobisomem: em sua cena mais marcante, ele se transforma numa fera diante do trio principal. J.K. Rowling, é claro, nunca perde a oportunidade de traçar paralelos entre a fantasia e a realidade, usando a ficção para discutir temas reais: elfos domésticos são essencialmente escravos, Voldemort defende uma espécie de nazismo e por aí vai. Já o preconceito que Lupin sofre por sua condição remete à maneira como as pessoas viam – e muitas ainda veem – a AIDS (e a homossexualidade). A revelação do segredo lhe custa o emprego e ele ainda teme transmitir a “doença” a seus descendentes, sabendo do estigma que os lobisomens carregam na comunidade bruxa. Além de um dos personagens mais amados da série, Lupin é também uma lição de respeito e aceitação.
Melhor Momento: sua primeira transformação em lobisomem
Melhor Filme: Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004)

 

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06. Sirius Black, por Marcelo Müller
Sirius Black é padrinho de Harry Potter, membro proeminente do quarteto Os Marotos, e atendia na infância pela alcunha de Almofadinhas. Seu senso de camaradagem o levou a se tornar clandestinamente um animago – a partir daí podia transmutar-se num enorme cão negro – para acompanhar o amigo Lupin em suas transformações, já que este era um lobisomem (os licantropos não oferecem perigo a animais). Acusado indevidamente de alta traição, mais especificamente de mancomunar-se com Voldemort, ele passou 12 anos aprisionado em Azkaban até conseguir escapar para contar a verdade, principalmente ao seu afilhado, então com o pescoço em risco. Mais adiante, sabemos que Black é uma das principais figuras da chamada Ordem da Fênix, organização fundada por Alvo Dumbledore para combater o bruxo do mal e seus Comensais da Morte. No cinema, Sirius Black é interpretado por Gary Oldman, dado certamente imprescindível para que se tornasse uma das mais heroicas e trágicas figuras da franquia. Talvez o grande momento do personagem nas telonas, depois dele passar o pão que o diabo amassou, tenha sido mesmo sua morte, provocada por Bellatrix Lestrange (Helena Bonham Carter), numa cena com forte carga emocional, que certamente levou os pottermaníacos (mas não só eles) às lágrimas.
Melhor Momento: sua morte heróica em meio a sua última batalha.
Melhor Filme: Harry Potter e a Ordem da Fênix (2007)

 

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05. Hagrid, por Rodrigo de Oliveira
Ele é o guarda-caças mais querido de Hogwarts. Seu tamanho avantajado e feições rudes poderiam denotar um ser bruto. Nada mais longe da verdade quando estamos falando de Rúbeo Hagrid. Interpretado por Robbie Coltrane, o meio-gigante participou ativamente de diversas aventuras de Harry Potter, sempre com seu jeito bonachão e coração enorme. Amante dos animais e totalmente fiel ao mago mais sábio e poderoso, o professor Alvo Dumbledore. Foi o velho bruxo, aliás, quem confiou aos cuidados de Hagrid um ainda bebê Harry Potter, incumbindo-o de entregá-lo na porta da rua dos Alfeneiros, número 4. Talvez por isso, foi o próprio Hagrid quem deu a notícia para o menino de onze anos: “Você é um bruxo, Harry”. E a vida daquele jovem nunca mais foi a mesma. Dentre os melhores momentos do personagem, certamente suas ações no início da saga se destacam, como essa revelação inicial, com direito a uma porta pesada sendo arrombada e uma magia marota em cima do desaforado Duda. Mas se formos lembrar do melhor filme com Hagrid, O Prisioneiro de Azkaban logo vem à mente, com toda a ação do Hipogrifo sendo diretamente ligada ao simpático homenzarrão.
Melhor Momento: a revelação feita por Hagrid de que Harry Potter ė um bruxo.
Melhor Filme: Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004)

 

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04. Alvo Dumbledore, por Yuri Correa
Diretor de Hogwarts, responsável por derrotar o temível Grindelwald e mentor do protagonista, Alvo Dumbledore é um homem sábio e de incrível poder. Segundo a autora J.K. Rowling, o personagem é gay, o que torna seu destaque na história ainda mais representativo. Sempre com um olho em Harry e outro nas forças das trevas que rondam o mundo bruxo, Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore já ganhou duas encarnações nas telonas: primeiro Richard Harris, que acabou falecendo e foi substituído por Michael Gambon. Ambos os atores souberam dar ao personagem características únicas que definem o bruxo, como seus modos calmos e bem humorados, que transmitem seu controle sobre as situações – e quando vemos Alvo estressado, é um sinal de que as coisas estão ruins. Por ser um filme muito mais pessoal, no sexto capítulo ele e Harry tornam-se ainda mais próximos, e o diretor tem a chance de mostrar outras facetas de sua personalidade, que acabam fazendo-o mais complexo através de tons sombrios e também sensíveis – além de seu poderio intelectual e mágico na ótima sequência da caverna. É uma figura que se descontrói do próprio mito, e se revela questionável, apesar de genial, e assim, uma criação marcante e memorável.
Melhor Momento: Dumbledore bebe uma poção venenosa em uma caverna, e ainda salva Harry de um ataque de criaturas malignas.
Melhor Filme: Harry Potter e O Enigma do Príncipe (2009)

 

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03. Hermione Granger, por Renato Cabral
Quando somos introduzidos à Hermione não existe um interlocutor, pois ela própria se apresenta ao público. Nos vagões em direção à Hogwarts escutamos um objetivo “Olá, prazer. Eu sou Hermione Granger”, e a partir deste instante compreendemos que a personagem está longe de se enquadrar no que esperam dela ou de aguardar por outros, por mais que deteste quebrar regras. Filha de trouxas, Granger é proativa, perfeccionista, muito aplicada e inteligente. Sua presença na trama é essencial e é quem impulsiona personagens apáticos como Harry e Rony. Sem Hermione, provavelmente a série careceria de desenvolvimento e ritmo. Com uma excelente interpretação de Emma Watson e uma deliciosa química com Rupert Grint, que interpreta Rony, desenvolve o interesse amoroso que por vezes não é correspondido. É difícil não simpatizar com a personagem, e seu sarcasmo e dramas pessoais. Hermione, antes mesmo deste estouro de questões feministas, já era uma entusiasta da causa e talvez seu público nem soubesse.
Melhor Momento: A dramática cena em que Hermione lança o feitiço obliviate para se apagar da memória dos pais
Melhor Filme: Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1 (2010)

 

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02. Rony Weasley, por Bianca Zasso
O ruivo e atrapalhado Rony Weasley parecia, em seus momentos iniciais em Hogwarts, apenas o melhor amigo de Harry Potter. No entanto, bastou passarem os primeiros anos na escola de magia para que o filho mais jovem da Sra. Weasley mostrar à que veio. A melhor passagem de Rony Weasley pelos 8 filmes da franquia se dá em Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Além de ser quando a amizade do trio principal ganha novos patamares em função dos constantes ataques dos Comensais da Morte, Rony também começa a desabrochar no quesito romance depois de cinco filmes tentando compreender porque sente tantos ciúmes da amiga Hermione. Isso se dá de forma cômica, uma característica presente desde o começo no personagem. Sua relação com a possessiva Lilá Brown, iniciada após a ótima performance de Rony como goleiro do time de quadribol da casa Grifinória, chega ao fim após o garoto chamar por Hermione na enfermaria, depois de ingerir Hidromel envenenado pela namoradinha. O amadurecimento de Rony, iniciado em O Enigma do Príncipe, segue nos dois últimos filmes da série, quando a batalha pela sobrevivência e também pela conservação de Hogwarts se acentua.
Melhor Momento: a atuação como goleiro da Grifinória em uma disputada partida de quadribol
Melhor Filme: Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004)

 

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01. Harry Potter, por Robledo Milani
O predestinado. Aquele que derrotou ‘O Que Não Pode Ser Nominado’ ainda no berço. O garoto da cicatriz. Muitas foram as formas de se referir ao jovem Harry Potter (Daniel Radcliffe, que soube se adaptar cada vez melhor ao personagem com o passar dos anos) durante os oito filmes da saga. Do menino rejeitado que vivia no quartinho minúsculo embaixo da escada na casa dos tios ao líder que, ao lado dos colegas, consegue não apenas salvar a escola, mas também todo o mundo dos bruxos do ataque final de Voldemort e seus Comensais da Morte, Harry está longe de ser um bom moço almofadinha e sem graça. Ao mesmo tempo em que quer estar à altura do que dele se espera, ser um bom aluno e um ídolo no esporte – quem é o melhor apanhador da Grifinória? – ele também precisa lidar com a perseguição dos agentes das trevas e da incompreensão daqueles que não entendem suas responsabilidades. E sem esquecer do tremor diante do primeiro beijo ou de se preparar diante dos exames finais. Contando sempre com o apoio dos amigos fiéis e dos mestres mais próximos, ele atinge o inimaginável, mantendo alto o interesse do público durante todos os episódios, mesmo nos mais ‘mornos’. Um herói clássico, que não teme fazer sacrifícios em nome de um bem maior. Um grande exemplo a ser seguido neste e em qualquer mundo.
Melhor Momento: Após uma jornada de exílio e autoconhecimento, Harry lidera o combate final em Hogwarts contra Voldemort e seus asseclas no capítulo final da saga.
Melhor Filme: Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004)

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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