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Que ano para o cinema nacional, senhoras e senhores. Há muito tempo não tínhamos tantas produções brazucas elogiadas internacionalmente. Em 2016, testemunhamos a quebra de um recorde significativo: Os Dez Mandamentos: O Filme, derivado da novela televisiva, se tornou a produção brasileira com o maior número de espectadores de todos os tempos – ainda que pairem sobre esses dados a dúvida quanto à presença efetiva nas salas de cinema, mas isso é outra história. No que tange às premiações, tivemos Aquarius como ponta de lança. O longa-metragem de Kleber Mendonça Filho participou não só da competição principal no Festival de Cannes, mas de outros eventos pelo mundo afora, consagrando-se em alguns importantes, como no de Sydney (Austrália), e arrebatando várias estatuetas, sem contar a quarta posição no ranking anual da prestigiada revista francesa Cahiers du Cinèma e a indicação ao Independent Spirit (voltado ao cinema independente) de Melhor Filme Estrangeiro. Sonia Braga, a protagonista, figurou em diversas listas de melhores intérpretes do ano. Não é pouca coisa, definitivamente.

Vencedor em 2015 do Bisato d’Oro, destaque concedido pela crítica independente no Festival de Veneza, Mate-Me Por Favor finalmente desembarcou no circuito, mostrando toda potência do trabalho da cineasta Anita Rocha da Silveira. Já Para Minha Amada Morta, de Aly Muritiba, que levou para casa o Zenith de Prata no Festival de Montreal de 2015, além da participação elogiada em outros eventos internacionais de cinema, chegou às nossas telonas apresentando uma série de predicados (felizmente) reconhecidos pela crítica especializada, mas (infelizmente) não tão valorizados pelo grande público. Sempre o velho problema da nossa distribuição. Boi Neon, além de ter sido o indicado brasileiro ao Prêmio Goya (espécie de Oscar espanhol), chamou atenção por onde passou, levando algumas estatuetas significativas para o Recife, como o Prêmio Especial do Júri da Mostra Orrizonti, no Festival de Veneza de 2015. Em seguida, o filme de Gabriel Mascaro recebeu uma menção honrosa no Festival de Toronto (Canadá) e foi eleito o Melhor Filme em Adelaide (Austrália) e Varsóvia (Polônia).

Num ano marcado por várias controvérsias, como a manifestação da equipe de Aquarius no tapete vermelho do Festival de Cannes contra a crise política brasileira e a inesperada indicação de Pequeno Segredo para representar o país no Oscar – eventos relacionados? – o cinema tupiniquim mostrou força. E nós, do Papo de Cinema, como não poderia deixar de ser, resolvemos fazer um ranking com os 10 melhores filmes brasileiros de 2016. Muita coisa boa ficou de fora, óbvio. Bom que podemos lamentar a não entrada destes ou daqueles filmes. Sinal de que 2016 foi realmente bastante positivo. Confira nossa lista e não deixe de comentar.

 

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10. A Luneta do Tempo
O músico e compositor Alceu Valença nunca escondeu que o cinema é uma de suas inspirações (quem não lembra da canção “La belle de Jour”?). Porém, só em 2016 ele pode apresentar ao mundo (no circuito comercial) seu lado cineasta, após uma jornada de quase 15 anos de produção. O filme é mais um retrato da força da persona de Lampião para o povo pernambucano. Encarnado, literalmente, pelo ator Irandhir Santos, o rei do cangaço segue ao lado de Maria Bonita, interpretada por Hermila Guedes, por um sertão com ares de fantástico criado por Alceu, que busca inspiração nos chamados westerns-feijoada produzidos a partir da década de 50 no Brasil, porém com uma fotografia menos crua, já que o mote da trama é a poesia por trás da violência do bando de Lampião. Nasce daí um filme criativo, belo, com boas atuações e que não se preocupa com reconstrução de época, mas com construção de clima. Alceu também assina a trilha sonora, que segue a linha dos versos da literatura de cordel, outro ponto importante dentro da trama, que ajuda a conquistar o público com um ritmo que só a prosódia da arte de Patativa do Assaré é capaz de imprimir. – Bianca Zasso

 

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9. Ponto Zero
O mundo de Ênio (Sandro Aliprandini) é escuro, labiríntico e úmido. A iluminação tungstênio da noite e os prédios que ladeiam as ruas de sua cidade oprimem as figuras que ousam habita-la. Luxúria e os demais pecados capitais se escondem nesse inferno urbano, onde há pontos em que tempo e espaço se confundem. O fato do pai do protagonista chamar-se Virgílio (Eucir de Souza), tal o filósofo que serve de guia para Dante em A Divina Comédia, oferece apenas a mais óbvia das leituras que se pode fazer dessa pequena e notável obra gaúcha. Dono de uma fotografia inteligente e repleta de beleza pelas imagens angustiantes que cria, o filme explora a geografia da cidade de Porto Alegre com talento, e mesmo os planos à luz do dia só fazem chapar o horizonte, murando o garoto em uma prisão visual que representa aquela psicológica que vive. Em meio ao seu desenvolvimento sexual, Ênio é tentado constantemente pelas amigas da irmã e presencia justamente as crises de meia-idade dos pais e sua iminente separação, um contraste com seus sentimentos. É uma reflexão breve, porém, complexa e profunda sobre amadurecimento num mundo em que, apesar da conectividade, isola seus indivíduos com bastante frequência.  – por Yuri Correa

 

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8. Cinema Novo
Manifesto poético sobre o maior movimento do cinema latino-americano dos anos 1960, este filme-ensaio de Eryk Rocha se posiciona justificadamente entre as maiores obras brasileiras realizadas não apenas neste ano, mas nas últimas décadas. Debruçado em referencial icônico que remonta ao que há de mais relevante na história audiovisual nacional, o cineasta captura o espírito e toda a substância do objeto de sua análise, transpostos em 96 minutos de uma imersão cinematográfica de relevância inestimável. Vencedor do Golden Eye em Cannes, prêmio destinado ao melhor documentário em exibição no festival, o longa tem na edição certeira de Renato Vallone um de seus maiores trunfos; a montagem propicia uma experiência singular ao espectador com esta escola cinematográfica brasileira, que foi ao mesmo tempo radical, vanguardista, revolucionária (social e politicamente) e, acima de tudo, insuperável. Além de Glauber Rocha, pai de Eryk, Nelson Pereira dos Santos, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni e outros grandes nomes iluminam este ensaio que se distancia do convencional a partir de uma narrativa construída apenas de excertos das maiores obras representantes do movimento e de seus autores. Brilhante e instigante, o filme pode se ambientar décadas atrás, mas suas questões são tão atuais quanto permanentes. – por Conrado Heoli

 

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7. Mate-Me Por Favor
A cineasta Anita Rocha da Silveira chamou muita atenção com este primeiro longa-metragem, sendo, inclusive, laureada no prestigiado Festival de Veneza. Suas personagens são adolescentes às voltas com o assassinato em série de garotas na Barra da Tijuca, bairro nobre da zona oeste carioca, famoso por, entre outras coisas, ser um verdadeiro canteiro de obras. Religiosidade e medo perpassam a narrativa. Por um lado, nota-se a influência evidente do cinema de horror, principalmente do focado em mulheres jovens que, de certa maneira, se voluntariam como representantes de uma natureza misteriosa, quando não sublime. Por outro, a influência quase caricatural da fé, com seus dogmas e restrições, cuja repressão potencializa a busca pelo pecado e por suas promessas de libertação. Em meio a conversas cada vez mais aditivadas de tensão, numa atmosfera que acompanha a mudança simbólica da protagonista interpretada por Valentina Herszage, ela que perde a inocência diante de um mundo hostil aos seus desejos, surgem aspirações comuns à juventude. A habilidade de Anita reside na maneira como ela conjuga expressivamente segmentos tão díspares quanto o louvor evangélico em ritmo de funk e o delírio vampiresco da menina seduzida pelo horror que reside nas intenções humanas, alcançando um resultado notável. – por Marcelo Müller

 

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6. Mãe Só Há Uma
No centro deste ótimo filme de Anna Muylaert está Pierre (Naomi Nero), jovem de sexualidade fluida que, repentinamente, descobre ter sido roubado na maternidade por aquela que ele toma por mãe biológica e que o criou com imenso afeto. Inspirado no célebre caso do menino Pedrinho, exaustivamente explorado pela mídia no início da década passada, o filme foge de discutir os meandros de thriller dessa história para focar numa interessante representação da ideia de duplo, presente não só na liberdade sexual e comportamental de seu protagonista e em sua descoberta de uma segunda identidade, mas também na escalação por Muylaert da mesma atriz (Daniela Nefussi) para viver as duas mães de Pierre e na própria frouxidão da narrativa, que contém o que poderia ser tranquilamente dois filmes. Menos de um ano depois de lançar Que Horas Ela Volta? (2015), coprotagonizado pela emblemática Jéssica (Camila Márdila), símbolo de uma era de ascensão social, a diretora volta se debruçar sobre um país em transformação e a abraçar o novo, o jovem transgressor de um status quo que insiste (em vão, parece crer Muylaert) em perdurar. – por Wallace Andrioli

 

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5. Sinfonia da Necrópole
Criatividade é a palavra-chave deste delicioso musical brasileiro, destaque nos eventos por onde passou – e não foram poucos. Exibido no Festival de Paulínia e premiado nos de Gramado e Vitória, o longa-metragem de estreia (solo) de Juliana Rojas é uma divertida e bem-vinda lufada de ar fresco nas nossas telonas. A trama acompanha Deodato (Eduardo Gomes), sujeito sem muitas perspectivas, vindo do interior, que calha de encontrar trabalho num cemitério, como coveiro. O problema é que ele tem pavor daquele ambiente, o que faz da tarefa um verdadeiro martírio. Ao seu lado a bela e decidida Jaqueline (Luciana Paes), funcionária do necrotério da região que tem como função realocar os defuntos daquele cemitério. A dobradinha dos dois é interessante, até porque eles não poderiam ser mais diferentes. E dessa diversidade de personalidades é que se estrutura a mais importante relação do longa-metragem. Os momentos musicais são os principais chamarizes da história e passeiam com naturalidade pela sonoridade nacional. Nota-se uma óbvia restrição orçamentária nas locações e na construção das cenas, mas isso acaba agregando ao sentimento brejeiro e muito brasileiro que transmite este longa-metragem, muito bem concebido por Rojas e companhia. – por Rodrigo de Oliveira

 

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4. O Silêncio do Céu
Um estupro que gera uma bem arquitetada vingança. Com essa frase poderia se resumir simplesmente o filme de Marco Dutra sobre a violência sofrida por Diana (Carolina Dieckmann) e assistida pelo marido Mário (Leonardo Sbaraglia), ele que não sabe como agir na hora. Porém, nada é tão fugaz ou subestimado no longa. As referências a Brian De Palma, Roman Polanski, Dario Argento e a tantos outros cineastas que utilizam o thriller psicológico servem para que o diretor construa sua narrativa num intenso suspense dramático em que o silêncio da mulher e do homem (ela por não contar o que aconteceu, ele por não dizer o que viu) vai tomando conta da tela. Uma grande metáfora sobre a própria relação desgastada do casal. Muito mais que a contenção cada vez maior dos sentimentos por parte dela e, inversamente proporcionais, os arroubos de raiva dele, a direção de arte com sua fotografia pálida e o som quase ensurdecedor do barulho da vizinhança em relação à quietude daquele lar tornam a experiência mais angustiante, numa claustrofobia tremenda que, é claro, instiga ainda mais o espectador. Não é apenas uma denúncia sobre violência sexual contra a mulher ou um tratado sobre o machismo que impera a sociedade. É uma discussão de gêneros – sexuais e cinematográficos. – por Matheus Bonez

 

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3. Para Minha Amada Morta
Estreando em longas de ficção, o cineasta Aly Muritiba reafirma o talento demonstrado em seus curtas-metragens e documentários anteriores, flertando com o cinema de gênero na busca por sua subversão. A trama acompanha Fernando (Fernando Alves Pinto), um fotógrafo policial que, ao lado do filho, enfrenta o trauma da morte da esposa, quando descobre uma fita contendo o registro da traição da amada falecida. Abalado, ele parte em uma jornada obsessiva com o intuito de se infiltrar no núcleo familiar do amante, Salvador (Lourinelson Vladimir), um ex-presidiário. Dono de um preciso apuro estético, Muritiba constrói uma atmosfera opressora e carregada de melancolia, que, assim como seu protagonista – em ótima composição de Alves Pinto – caminha sempre no limite, prestes a explodir. Deste modo, o cineasta adiciona aos momentos mais triviais – especialmente à aproximação de Fernando da esposa (Mayana Neiva) e da filha (Giuly Biancato) de Salvador – um grande poder de sugestão, que aponta para uma iminente tragédia. Com muita habilidade, a aparente história de vingança é conduzida para rumos não óbvios, gerando uma profunda imersão na questão do enfrentamento do luto. Pois mais do que um acerto de contas, Fernando deverá encontrar um meio de superar a dor da perda de uma imagem idealizada. – por Leonardo Ribeiro

 

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2. Boi Neon
O medalista de prata em nossa lista é uma obra doce, sensível, sensual e hipnótica. Neste segundo trabalho de ficção do pernambucano Gabriel Mascaro, transparecem as raízes de documentarista do diretor; não há pressa em seguir esta ou aquela linha narrativa, Mascaro parece mais interessado em nos apresentar um recorte da vida de seus personagens e deixar a audiência acompanhar o cotidiano daquelas pessoas. A obra é centrada em Iremar (Juliano Cazarré), rapaz que trabalha nas tradicionais vaquejadas do nordeste brasileiro. Cuidando dos bois e levando uma vida improvisada, ele viaja no caminhão que transporta os animais com seus companheiros de trabalho, como a caminhoneira Galega (Maeve Jinkings) e sua filha Cacá (Alyne Santana). O filme oferece um olhar empático sobre a crueza do ambiente e as dificuldades vividas pelos personagens, e o diretor vai, aos poucos, revelando os anseios, as carências e a personalidade de cada um: Iremar sonha em ser estilista, enquanto Cacá procura encontrar em alguém uma figura paterna para compensar a ausência do pai. Visualmente extraordinário, o longa encontra beleza no cotidiano árduo de Iremar e puxa o espectador para aquela espécie de família disfuncional, levando a audiência às lágrimas com a mesma facilidade que provoca o riso. – por Marina Paulista

 

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1. Aquarius
Após estrear com toda a pompa e circunstância merecida na mostra competitiva oficial do Festival de Cannes, o segundo longa fictício do diretor Kleber Mendonça Filho chegou aos cinemas poucos meses depois, dando continuidade a um movimento que se tornou um marco no cenário artístico brasileiro em 2016, revelando qualidade extrema, caráter firme e uma relevância rara em tempos como os de hoje. A história da crítica de música aposentada que se recusa a abandonar o confortável apartamento em frente ao mar, frente à abordagem arrogante de uma construtora de deseja colocar seu prédio abaixo para transformar o terreno em mais um arranha-céu sem personalidade, demostra uma consciência além do mero aqui e agora, apontando para uma justa e necessária postura social, histórica e culturalmente relevante. Em tempos de comédias descerebradas e dramas ostensivos, tem-se aqui um filme que faz uso dos seus atores, com destaque para uma Sonia Braga em estado de graça, para mostrar como é importante resistir quando se tem plena convicção da certeza que somente uma vida de experiências pode prover. Mais do que apropriado ou simplesmente exato em cada uma das suas colocações, tem-se aqui uma narrativa para entrar na história do que de melhor já se fez no cinema nacional. – por Robledo Milani

 

 

Confira a seguir as listas individuais dos integrantes da equipe do Papo de Cinema:

Bianca Zasso, colaboradora
1. Boi Neon
2. Mundo Cão
3. A Luneta do Tempo
4. Para Minha Amada Morta
5. Sinfonia da Necrópole
6. Ralé
7. Mate-Me Por Favor
8. Cinema Novo
9. Maresia
10. BR 716

 

Conrado Heoli, colaborador
1. Aquarius
2. Boi Neon
3. O Silêncio do Céu
4. Para Minha Amada Morta
5. Sinfonia da Necrópole
6. Cinema Novo
7. Mãe Só Há Uma
8. BR 716
9. Glauco do Brasil
10. De Onde Eu Te Vejo

 

Leonardo Ribeiro, colaborador
1. Aquarius
2. Para Minha Amada Morta
3. O Futebol
4. O Silêncio do Céu
5. Sinfonia da Necrópole
6. Mate-Me Por Favor
7. Ela Volta na Quinta
8. A Vizinhança do Tigre
9. A Frente Fria que a Chuva Traz
10. O Diabo Mora Aqui

 

Marcelo Müller, editor
1. Aquarius
2. Para Minha Amada Morta
3. Mate-Me Por Favor
4. Sinfonia da Necrópole
5. Boi Neon
6. Cinema Novo
7. O Diabo Mora Aqui
8. O Futebol
9. Mais Forte Que o Mundo
10. A Frente Fria que a Chuva Traz

 

Marina Paulista, colaboradora
1. Aquarius
2. Boi Neon
3. Para Minha Amada Morta
4. Mãe Só Há Uma
5. Nise: O Coração da Loucura
6. O Outro Lado do Paraíso
7. Zoom
8. Ponto Zero
9. Mate-Me Por Favor
10. O Caseiro

 

Matheus Bonez, colaborador
1. Aquarius
2. Boi Neon
3. O Silêncio do Céu
4. Cinema Novo
5. Lampião da Esquina
6. O Escaravelho do Diabo
7. Para Minha Amada Morta
8. Mãe Só Há Uma
9. Estive em Lisboa e Lembrei de Você
10São Paulo em Hi-Fi

 

Robledo Milani, editor-chefe
1. Aquarius
2. Boi Neon
3. O Silêncio do Céu
4. Para Minha Amada Morta
5. Ponto Zero
6. Nise: O Coração da Loucura
7. Mundo Cão
8. Mais Forte Que o Mundo
9. De Onde Eu Te Vejo
10Mãe Só Há Uma

 

Rodrigo de Oliveira, colaborador
1. Aquarius
2. A Luneta do Tempo
3. Sinfonia da Necrópole
4. O Silêncio do Céu
5. Mãe Só Há Uma
6. A Loucura Entre Nós
7. A Despedida
8. Ponto Zero
9. Nós Duas Descendo a Escada
10O Roubo da Taça

 

Wallace Andrioli, colaborador
1. Aquarius
2. Boi Neon
3. Mãe Só Há Uma
4. Para Minha Amada Morta
5. O Silêncio do Céu
6. Mate-Me Por Favor
7. Cinema Novo
8. BR 716
9. Curumim
10. Ela Volta na Quinta

 

Yuri Correa, colaborador
1. Aquarius
2. Boi Neon
3. Ponto Zero
4. O Roubo da Taça
5. Big Jato
6. O Silêncio do Céu
7. BR 716
8. Mate-Me Por Favor
9. Para Minha Amada Morta
10Mais Forte Que o Mundo

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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