Praia do Futuro e As Praias de Agnès não poderiam ser filmes mais distintos. Um é ficcional, outro documental. Um fala sobre a masculinidade e como os homens reagem aos seus sentimentos nos dias de hoje. O outro é a autobiografia de uma das cineastas francesas mais importantes da história do cinema. Porém, além dos títulos com praia em comum e pano fundo, quais ligações podem ser feitas entre estas duas produções? A equipe do Papo de Cinema resolveu investigar os seis graus de separação entre os dois longas. Confira!

 

1. Praia do Futuro (2014)

O longa de Karim Aïnouz retrata as relações entre homens, seja entre irmãos ou amantes. No centro da história, o salva-vidas Donato se envolve com Konrad (Clemens Schick), irmão de um homem que ele não conseguiu resgatar. Anos depois, o irmão mais novo de Donato, Ayrton (Jesuita Barbosa), vai atrás dele na Alemanha para saber o que aconteceu para que ele tivesse partido. E quem é Donato? O sempre internacional Wagner Moura

2. Elysium (2013)

No ano passado, Wagner Moura esteve presente na ficção de Neill Blomkamp sobre o futuro em que o mundo é dividido na estação Elysium, onde só os ricos vivem, e a Terra, onde fica a maior e, obviamente, mais pobre camada da população. Moura é Spider, revolucionário que ajuda Max, o protagonista, a elaborar um plano para acabar com esta segregação. E Max é interpretado por ninguém menos que Matt Damon

3. Contágio (2011)

Matt Damon é uma das estrelas do filme de Steven Soderbergh sobre um vírus letal que se espalha pelos EUA e mata em pouquíssimo tempo. Entre pessoas que morrem, buscam a cura ou entram em desespero, o elenco conta com a participação de nomes como Gwyneth Paltrow, Bryan CranstonLaurence Fishburne, Jude Law, Kate Winslet e Marion Cotillard, atriz francesa que começou a despertar a atenção em Hollywood após seu oscarizado papel por Piaf: Um Hino ao Amor (2007)…

4. Inocência  (2004)

Antes de chamar a atenção do mundo, Marion Cotillard foi uma das estrelas desta produção européia baseada na história do escritor alemão Frank Wedekind. No filme, garotas são educadas separadas da famíliae uma delas, Iris, de seis anos, logo percebe que precisa ser obediente. Isto até descobrir que uma das alunas mais velhas deixa a escola todas as noites para uma reunião secreta. No papel da diretora, está a diva francesa Corinne Marchand em seu último trabalho nos cinemas…


5. Cléo das 5 às 7 (1962)

Corinne Marchand pode não ser um nome conhecido dos brasileiros, mas nos anos 1960, em plena Nouvelle Vague, ela foi protagonista deste filme que é um dos mais emblemáticos do movimento. Ela vive Cléo, uma mulher que precisa esperar duas horas de tensão nas ruas de Paris pelo resultado do exame que vai dizer se ela tem câncer ou não. Este foi o segundo longa de uma das precursoras do movimento, Agnès Varda…

6. As Praias de Agnès (2008)

Agnès Varda dirige e estrela este documentário com tons metafóricos sobre sua carreira, sua vida e paixões. As praias do título podem não aparecer tanto quando se poderia esperar, mas é porque a condução das ondas do mar é que interessam à cineasta. E é entre vários paralelos que ela conta de uma forma diferente esta autobriografia, umas das mais interessantes do gênero já produzidas.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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é crítico de cinema, apresentador do Espaço Público Cinema exibido nas TVAL-RS e TVE e membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista e especialista em Cinema Expandido pela PUCRS.
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